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João Marques Ramalheira
In "Canção do Mar"
Falar de Ílhavo, é falar do mar - do seu sussurro, da sua canção cujo eco se repercute pelos séculos além. Ílhavo e o mar andam tão unidos como o perfume às rosas e a inquietação à alma humana!

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João Marques Ramalheira (Guilher(...)

O Clero noutros tempos...

Temas:  #religião

(Notas coligidas pelo autor com base em notícias/notas pessoais antigas, Beira Mar, Nauta e do Padre João Vieira Resende in O Ilhavense)

Abílio Augusto Saraiva - Padre

PA

Foi prior em Espinhel, Águeda, donde saíu para frequentar a Universidade Pontifícia de Salamanca, de 1959 a 1960, fixando então a sua residência em Ílhavo. Ia todos os anos à Universidade de Toulouse, tirando o bacharelato em Direito Canónico e licenciando-se em Teologia. Foi professor de Religião e Moral na Escola Industrial de Aveiro. Paroquiou na Gafanha da Nazaré, Sangalhos e Alquerubim. Morava no Choiso. Faleceu em 13-01-1966 com 54 anos. Encontra-se sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 223 )

Amândio Fernandes Matias - Padre

PA

Nasceu em 08-09-1892 na Costa Nova do Prado, baptizado pelo Prior Manuel Branco de Lemos, filho de João Fernandes Matias, pescador e de Maria Emília Pereira, jornaleira. Frequentou o Seminário tendo recebido Ordens Menores a 7 de Março de 1914 em Viseu, pelo Bispo de Viseu, de Subdiácono a 27 de Novembro do mesmo ano, de Diácono em 1915 e de Presbítero a 7 de Novembro de 1915, conforme escreveu no seu Breviário “Brebiarium Romannum” edição de 1913 e celebrou a 1ª Missa no dia 14 de Novembro de 1915, conforme inscrição gravada na bandeja das galhetas de porcelana da Vista-Alegre da sua Missa Nova. Serviu a Diocese de Coimbra e foi Pároco de várias Freguesias; a sua última paróquia foi Brasfemes; deslocava-se a cavalo e posteriormente de mota para celebrar Missa a outros lugares da paróquia. Dadas as suas qualidades de orador, era frequentemente convidado pelos seus colegas sacerdotes para “pregar sermões” sobretudo na Quaresma e nas Festas. Faleceu em 07-09-1960 com 67 anos e está sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 275 )

Ângelo Pereira Ramalheira - Padre

pangelo

Filho de João Pereira Ramalheira e de Maria de Jesus Barreto, nasceu em Ílhavo a 13 de Outubro de 1883, baptizado pelo Coadjutor José António Morgado. Foi ordenado sacerdote no Paço Episcopal de Coimbra em 8 de Dezembro de 1908. Foi Capelão em França na 1ª Guerra Mundial e Capelão da Srª do Pranto de 1948 a 1974. Faleceu com 91 anos de idade a 31 de Outubro de 1974, estando sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 27 ).
 Alguns dos paramentos e objectos de culto, utilizados pelo Padre Ângelo Ramalheira:

D. António dos Santos - Bispo

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Nasceu a 14 de Abril de 1932 na Quintã, Vagos, filho de Daniel dos Santos e Maria de Jesus. Foi ordenado sacerdote por D .Evangelista de Lima Vidal em 1 de Julho de 1956, na Igreja Paroquial de Albergaria-a-Velha. Foi coadjutor na paróquia da Branca e pároco em Oiã e Ílhavo, Vigário Geral e Bispo Auxiliar de Aveiro até 1979. Nomeado Bispo da Guarda em 17 de Novembro de 1979, manteve-se em actividade até 01 de Dezembro de 2005. Depois da resignação, viveu na Quintã (Santo António de Vagos) e, nos últimos tempos, no Centro de Acolhimento de São João de Deus, na Guarda. Faleceu com 85 anos, em 26-03-2018, no Hospital Distrital da Guarda, sendo sepultado em Santo António de Vagos.

António Gomes da Silva Valente - Prior

O Prior Valente nasceu em Vale de Ílhavo de Cima, a 29 de Janeiro de 1870, baptizado pelo Presbítero Manuel Fortunato dos Santos Carrancho, filho de João Gomes da Silva Valente e Maria Joana da Silva, neto paterno de António Gomes da Silva e Maria Rosa de Jesus e materno de João da Silva Valente e Ana Maria da Silva, sendo padrinhos António e Ana Rosa, tios paternos do baptizado. Com 7 anos de idade, o António e os seus dois irmãos ficaram órfãos de mãe, tendo sido acabados de criar pela madrasta, Ana Joaquina de Jesus, juntamente com os muitos outros filhos que a esta haviam de nascer. Embora todos tivessem aprendido a ler e escrever, só o António foi estudar a nível mais elevado. Fez admissão ao liceu em 1883, portanto com 13 anos, e frequentou essa instituição pelo menos nos anos de 1885, 1886 e 1887. Durante vários anos aprendeu outras disciplinas fora do Liceu, voltando lá para fazer os respetivos exames. É o caso da Filosofia, que aprendeu com o Padre Portugal, e da Literatura, que aprendeu com o Dr. Sá, do Colégio Aveirense. Seguiu depois para o seminário de Coimbra onde terminou o curso com sucesso. Sabe-se que foi ordenado oficialmente pároco da igreja de Nariz no dia 16 de Junho de 1899, em seguimento de uma carta régia de Dom Carlos, Rei de Portugal e dos Algarves – “Porque se tornou digno de contemplação pelo seu bom comportamento, habilitações e serviços.” Pelo menos até ao ano de 1903 ainda lá exercia as suas funções. Grande parte da sua atividade sacerdotal teve no entanto lugar numa vila remota chamado Várzea de Ovelha, hoje conhecida simplesmente por Várzea, pertencente ao distrito de Marco de Canavezes. Este lugar fica situado junto ao Rio Ovelha, um afluente do Tâmega. Por lá viveu durante muitos anos, regressando só a Vale de Ílhavo em 1938, lugar onde passou a celebrar missa na capela local. Foi no concelho de Marco de Canavezes que um dia batizou, de entre muitas crianças, uma menina que nasceu em 9 de Fevereiro de 1909 e que depois, com 2 anos de idade, emigrou com os pais para o Brasil onde cresceu e se tornou mundialmente famosa como artista. Não há ninguém que não tenha ouvido falar da célebre Cármen Miranda. Este facto contava o Prior Valente com orgulho sempre que a ocasião se lhe proporcionava. Em Várzea de Ovelha viviam os Condes de Leiria, num palacete e extensa quinta com pinhais, oliveiras e vinhas. Durante muitos anos, todos os domingos o Prior Valente celebrou missa pela manhã na igreja local, indo depois fazer o mesmo na capela do palacete, uma estrutura muito semelhante à capela da Ermida, que ainda hoje sobrevive no concelho de Ílhavo. Durante a sua estadia como pároco em Várzea, as relações do estado com a igreja deterioraram-se muito. Por volta de 1925 e 1926 os padres passaram mesmo um mau bocado. Primeiro foram expulsos dos centros paroquiais e pouco tempo depois foram mesmo perseguidos. O Prior Valente andou fugido, chegando mesmo a ter se esconder na caixa do milho do conde. Foi este conde e a sua família quem lhe valeram durante as perseguições. Primeiro ficou em casa deles, onde foi procurado em várias ocasiões. Houve uma altura em que se refugiava durante o dia numa azenha abandonada, só voltando à quinta para dormir depois de noite cerrada. Uma mulher que vivia por ali perto, fingindo que ia à erva levava-lhe no cesto as refeições que a criada, a viver na quinta, lhe preparava. Quando as perseguições acabaram, o conde mandou fazer uma pequena casa junto à quinta, onde o Prior passou a viver. Foi só em 1938, no ano a seguir à compra da casa, que ele regressou a Vale de Ílhavo definitivamente, tendo mandado construir, ou reconstruir, a casa atual, pois a escritura refere-se a uma casa térrea. O Prior Valente era um homem alto e bem constituído, muito letrado, jovial e de bom humor. Faleceu em 31 de Outubro de 1964, com 94 anos de idade. Aparentemente a amizade com os Condes de Leiria manteve-se pelos anos fora pois quando ele faleceu, em Vale de Ílhavo, um dos filhos do casal veio assistir ao funeral.

(Texto de M.C.T Leques, adaptado)

António Rodrigues Campos - Padre

Natural de Espinhel, Águeda, viveu em Ílhavo, sendo Capelão da Ermida, filho de Joaquim José Rodrigues de Campos (natural de Arcos, Anadia) e Maria Clara dos Santos (natural de Ílhavo). Na capela de Sta. Bárbara nas Moitas, chegou a celebrar durante alguns anos, as festividades em honra de Nossa Senhora das Febres a 8 de Setembro. Faleceu na sua casa da Rua Direita em 27-09-1892, com 65 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

Augusto Cândido Figueira - Padre

fig

Filho de Francisco Cardoso Figueira e de Carolina Cândida Figueira. Foi pároco em Ílhavo (1871) e capelão na Gafanha da Encarnação, onde fundou a Irmandade de Nossa Senhora da Encarnação e Almas em 2 de Setembro de 1901. Foi também farmacêutico. Na sua casa da Gafanha da Encarnação tinha uma capela particular dedicada a Nossa Senhora das Dores (destruída em 1909) e em cujo altar se podia admirar um belo presépio. Faleceu em 16-05-1909 com 74 anos e está sepultado no cemitério de Ílhavo.

Basílio Jorge Ribeiro - Prior

Esteve na paróquia durante 20 anos. Sucedeu ao Padre Manuel Branco de Lemos, tomando posse em 02-05-1924. Desempenhou funções até 12-11-1944, data em que foi substituído pelo reverendo Padre Alberto Tavares Sousa, ficando a exercer as funções de arcipreste, até à sua morte. Filho de Bernardo Joaquim Ribeiro e Maria dos Santos, nasceu em 03-05-1863 e faleceu em 22-10-1950 com 86 anos, encontrando-se sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 134 )

Benjamim Ferreira Jorge - Padre

Nasceu em 22-02-1875, baptizado pelo Prior João André Dias, filho de José Ferreira Jorge e de Maria Nunes do Couto. Era tio do Prof. José Cândido Ferreira Jorge. Estudou no Seminário de Coimbra e em Cimo de Vila, na casa de seus pais, ensinava várias disciplinas escolares (Português, Francês, Latim e Inglês), para os alunos que frequentavam o Liceu de Aveiro. Foi presidente da Câmara de Ílhavo, capelão da Fábrica da Vista Alegre e pensou fundar um colégio na sua terra Natal, mas nunca o conseguiu, por várias adversidades. Ainda leccionou a disciplina de Francês no Seminário de Aveiro, desde Outubro de 1939 até à sua morte em 2 de Março de 1940, com 65 anos de idade. De palavra fácil e burilada, os seus sermões eram sempre assistidos por muita gente. Os ofícios fúnebres foram realizados na Capela de Nossa Senhora do Pranto em Cimo de Vila, com a presença da orquestra da Banda dos Bombeiros Voluntários. Está sepultado no cemitério de Ílhavo, no Jazigo 77 junto ao muro do Cemitério antigo.

( Com a colaboração do João Balseiro )

Carlos da Silva Marques - Padre

Filho de Carlos Augusto Marques e Maria Silva Justiça, nasceu em Ílhavo, a 31-10-1922. Frequentou o Seminário de Coimbra, Seminário dos Olivais, Patriarcado de Lisboa, Seminário de Aveiro em 1941, regressando ao dos Olivais em 1942 até 1945. Foi ordenado sacerdote em 30-12-1945, na Sé Catedral de Aveiro, por D. João Evangelista de Lima Vidal. Foi Ecónomo e professor no Seminário de Aveiro, Externato de Ílhavo, Escola Industrial e Comercial de Aveiro e Liceu Nacional de Aveiro. Em Outubro de 1947 passou a secretariar D. Manuel Trindade Salgueiro no Patriarcado de Lisboa e em Évora. Foi capelão nas Quintãs e presidia à Eucaristia dominical no Bairro dos Pescadores. Faleceu vítima de atropelamento no centro da cidade, em 04-09-2002.

Está sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 1 - 18 )

Dionísio Simões Teles - Padre

Natural de Ílhavo, filho de Eusébio Simões Teles e de Maria de Jesus. Morava na Rua Direita e faleceu em 9 de Junho de 1863, com 68 anos

Domingos Ferreira Jorge - Padre

Nasceu em 18-06-1856, na Alagoa (Lagoa), baptizado pelo Reverendo Luís Gonçalves da Rocha, filho de João Ferreira Jorge e de Luiza Maria de Jesus. Manteve-se na paróquia durante 34 anos. Dava explicações na sua casa, nas disciplinas de Literatura, Português, Latim, Francês, Geografia e História e preparava todos os que quisessem ingressar no Seminário. Faleceu em 29 de Setembro de 1918, com 62 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo, jazigo 77 junto ao muro do Cemitério antigo

Emídio Eduardo Pereira - Padre

Filho de Joaquim Simões Malaco e de Josefa Maria de Jesus, nasceu na Rua Direita em 10-03-1853, sendo baptizado pelo Ilhavense, Padre José Simões Chuva. Foi Prior durante muitos anos na paróquia de Sepins, Cantanhede, onde gozava de simpatia geral dos seus paroquianos, sobretudo pela sua bondade. Os últimos anos de vida foram passados em Ílhavo. Era familiar do Padre Fernando Eduardo Pereira, irmão do célebre actor e pintor de imagens Manuel Eduardo Pereira, mais conhecido por Paz Guerra, (tio do distinto Dr.º João Carlos Celestino Gomes). Faleceu na Fontoura em 19-07-1915, com 62 anos e foi sepultado no Cemitério de Ílhavo ( T 2 - 6 )

Fernando Eduardo Pereira - Padre

(Foto cedida gentilmente pela Câmara Municipal da Chamusca)

Nasceu em Buarcos, em 1829, filho de Joaquim Simões Malaco e de Maria Luíza Pereira Bilhano. Irmão do pintor Manuel Eduardo Pereira, mais conhecido por Paz Guerra, foi pároco na Chamusca, onde leccionou Latim. Era parente do Padre Emídio Eduardo Pereira e paroquiou em Ílhavo em 1853/54. Foi o Arcebispo Pereira Bilhano que o preparou como professor, substituindo-o em 1849, quando o Arcebispo foi leccionar para a Oliveirinha. Em Ílhavo, o Padre Fernando ministrou até 1857 e em 1 de Setembro deste ano, seguiu para a Chamusca. Dado o seu relevante desempenho nesta terra, à rua em que viveu, foi dado o seu nome, Rua Padre Pereira, que ainda hoje permanece. Faleceu na Chamusca em 16-04-1885, com 56 anos, onde se encontra sepultado em Jazigo próprio.

Francisco de Paula Ferreira Félix - Padre Dr.º

Nasceu em Ílhavo a 03-11-1823, baptizado pelo Coadjutor José Nunes do Couto, filho de Manuel Daniel Ferreira Felix e de Antónia Claudina de Lemos. Bacharel formado em Direito, era uma pessoa muito conceituada na época, pertencendo a uma ilustre família de Ílhavo (Félix), que morava num local designado como Fonte para Cima (esta designação era de 1856 e corresponderia, sensivelmente, à actual Rua José Estêvão). Desconhecemos se hoje ainda haverá descendentes desta grande e conhecida família. Em 1850 era pároco encomendado na freguesia, tendo falecido na Rua José Estevão em 19-03-1893 com 68 anos, estando sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 3 - 6 )

Pertencia à chamada corte do Arcebispo, designação dada por Diniz Gomes, ao núcleo de ilustres Ilhavenses que na época privavam mais de perto com o Arcebispo Pereira Bilhano. Eram eles, Padre José Maria Regala, Padre José Cândido Gomes, Padre Dr.º Francisco Félix, Padre José Simões Chuvas, João Carlos Gomes (farmacêutico), José Gilberto Ferreira Félix (capitão de milícias e presidente da câmara), Luís dos Santos Regala, Pedro da Rocha Calixto (tabelião), Francisco Maria Regala (escrivão de direito), Manuel Tavares (engenheiro), António Eliseu de Almeida Ferraz (advogado), Manuel Maria Ferreira (secretário da câmara), Dionízio Cândido Gomes (recebedor do concelho e presidente da câmara), e António Cândido Gomes (comerciante).

A Corte do Arcebispo

Francisco Ernesto da Costa Senos - Padre

Nasceu em Ílhavo, sendo pároco na Oliveirinha entre 1865 e 1895 e em Santo Varão (Alfarelos). Foi um dos fundadores do teatro do Largo do Oitão (drogaria dos Vizinhos), inaugurado em 06-02-1876, segundo refere Diniz Gomes. Faleceu em Ílhavo.

João André Dias - Padre

Natural de Celavisa (Arganil), filho de António José Dias e de Teresa de Jesus, foi prior em Ílhavo a partir de 1872. Era um sacerdote muito distinto e venerado. Noutros tempos, a sua humilde sepultura foi sempre muito visitada pelos fieis, que ali iam rezar e cumprir promessas, acendendo velas e lanternas. Sofreu bastante com a política da altura. Faleceu em 6 de Setembro de 1882, com 54 anos. Está sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 249 )

João André Senos - Padre

Também conhecido pela alcunha de Padre João Borracha, foi professor do Ensino Primário em Ílhavo e na Gafanha da Nazaré e também proprietário de um companha de pesca, na Costa Nova. Era notória a sua habilidade como pregador

João Francisco Quaresma - Monsenhor

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João Francisco Quaresma nasceu em Ílhavo no dia 30 de Dezembro do ano de 1873. Foram seus pais João Francisco Quaresma, guarda de alfândega e Joaquina Rosa Conceição. Frequentou o seminário de Coimbra, tendo obtido as melhores classificações nos exames preparatórios e nos de Teologia, tendo sido um aluno bem acima da média. Este Ilhavense sabia Latim e Francês. Dava explicações gratuitas destas disciplinas a todas as pessoas que lhe pediam. Publicou artigos em diversas revistas e jornais da época, escrevendo sobre temas de caracter religioso e social. Escreveu poemas, mas infelizmente não se encontrou qualquer livro que tenha publicado. Celebrou a sua primeira missa no Convento das Carmelitas na cidade de Coimbra no ano de 1896. Fundou o Centro de Apostolado da Oração na Gafanha da Encarnação. Entre muitas iniciativas que fez conta-se a título de exemplo a organização da catequese que contribuiu para desenvolver nos fiéis hábitos de piedade e vida cristã. Em 1912 no Convento das Carmelitas de Aveiro, conseguiu para a sua capelania dois belos altares de talha dourada. Por sua iniciativa em 1925 adquiriu a tribuna da antiga Sé de Aveiro que foi colocada numa capela, hoje Igreja Paroquial. Em 1916 o Prelado de Coimbra colocou-o Pároco da Sé de Leiria e é nomeado Arcipreste. O seu trabalho pastoral é muito apreciado, numa época em que não era fácil a missão, dado o contexto político e social muito adverso por parte dos republicanos, muito empenhados no combate à religião. Por esta altura o “Grémio Gomes Freire” imprime e distribui um panfleto pela cidade a convidar os leirienses a não receber o pároco que se propunha fazer a visita pascal. João Ferreira Quaresma não se intimidou fez a visita pascal e publicou no jornal “O Mensageiro” de 11/04/1917 uma nota de agradecimento aos paroquianos que o receberam sem qualquer constrangimento. Entretanto, é restaurada a Diocese de Leiria e o Cardeal Patriarca D. António Mendes Belo nomeia-o governador dessa Diocese. Neste ano de 1916 é também nomeado Vigário Geral com o título Honorífico de Monsenhor. Foi um dos sacerdotes que mais apoio prestou aos três pastorinhos de Fátima (Lúcia, Jacinta e Francisco). Foi considerado um grande amigo daquelas três crianças. No 13 de Setembro de 1917 Monsenhor João Quaresma escolheu um ponto de observação elevado e assistiu à romaria que muito povo levou à Cova da Iria. Escreveu mais tarde que viu clara e distintamente um globo luminoso, que se movia de Leste para Oeste deslizando majestosamente pelos ares e tão depressa apareceu como desapareceu. Concluiu que o globo, com a sua extraordinária luz, devia ser o meio de transporte utilizado pela Senhora para viajar entre o céu e a Cova da Iria. Monsenhor Quaresma admitiu, no entanto, que outras pessoas não teriam observado nada. Monsenhor João Francisco Quaresma foi um dos elementos designados pelo Bispo de Leiria para integrar a Comissão Canónica de Inquérito que certificou os acontecimentos da Cova da Iria. Foi um dos poucos elementos da referida Comissão que realizou a recolha de alguns depoimentos. Foi um dos padres da referida Comissão Canónica que ajudou a fundar o jornal “A Voz de Fátima” que ainda hoje se publica e onde também publicou. Já no fim da vida regressou a Ílhavo, onde foi ainda servir como capelão da Fábrica da Vista Alegre. Era comum vê-lo passar de “landau”, que o transportava, naqueles tempos, da sua casa na Rua Vasco da Gama, para a Vista Alegre. A 8 de Dezembro de 1955, o Bispo de Leiria D. José Correio da Silva, publica no jornal “A Voz do Domingo”: “…de entre os sacerdotes desta Diocese, entendo que devo especializar o Reverendo Padre João Francisco Quaresma, que encontrei como pároco da cidade de Leiria e que sempre me auxiliou na organização desta nova Diocese de que foi o seu primeiro Vigário Geral. Quero, pois, nomeá-lo Cónego honorário da Sé de Leiria…” Esta nomeação póstuma e honorária constata bem o apreço e a admiração que o Bispo da Diocese restaurada manteve pelo trabalho e dedicação pastoral deste nosso conterrâneo. Este nosso grande Ilhavense é citado em várias publicações: revistas, jornais e livros e livros: O cónego João Ferreira Quaresma faleceu a 5 de Maio de 1957 e está sepultado no cemitério de Ílhavo em campa rasa nº 67 no Talhão nº 5.

(Fontes: Arquivo do Jornal “O Ilhavense”, Jornal, Jornal “A Voz de Fátima”, “O Mensageiro”, Jornal “ A Voz do Domingo”, “Figuras Ilhavenses Factos e Casos da Terra dos Ílhavos” 1998 de Fernando Parracho, “ O Clero da Diocese de Leiria e o seu Passado” do Padre José Carreira, “ O Clero de Leiria” do Padre João Vieira, “Sol bailou ao meio-dia – a criação de Fátima” de Luís Filipe Torgal, “Fátima Milagre ou Construção?” de Patrícia Carvalho, “Fátima Milagre, Ilusão ou Fraude?” de Len Port. e “Senhora República” de Licínio Lima).

(Texto de João Balseiro)

João Gomes - Padre

Foi capelão e procurador dos proprietários da Quinta da Vista Alegre (1774)

João Manuel do Nascimento Cajeira - Padre

Nasceu em Ílhavo a 16-08-1928, filho de Manuel Pereira Cajeira e Maria do Nascimento Canha. Frequentou o Seminário de Santa Joana, Aveiro e o dos Olivais em Lisboa, sendo ordenado sacerdote em 29 de Junho de 1954, na Sé de Aveiro. Iniciou-se como Vigário Paroquial de Águeda e foi pároco em S. Lourenço de Pardelhas, onde permaneceu, durante 37 anos, até à sua morte em 27 de Outubro de 1995, com 67 anos.  Foi sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 3 - 83 )

João Manuel da Rocha Senos - Padre

Natural de Ílhavo (Rua de Espinheiro), filho de Manuel Francisco Russo, pescador e Luísa da Rocha. Chegou a ser Professor de Instrução Primária. Faleceu em 01-08-1896 com 72 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

João Nunes de Oliveira e Sousa - Padre

Nasceu em 2 de Novembro de 1865, filho de João Nunes d'Oliveira e Sousa e de Maria Rosa Chuvas. Era um sacerdote muito culto e inteligente, colaborando com os seus escritos no diário católico “A Palavra”. Pregador nato, ainda publicou dois volumes de homilias e foi autor de vários sonetos e versos. Tinha sido acometido dum ataque apoplético que o paralisou do braço e perna direita, conseguindo autorização da Santa Sé para celebrar, servindo-se apenas do braço esquerdo. Ao seu funeral, assistiram as Congregações das Filhas de Maria de Calvão, Vagos e Ílhavo, com os respectivos estandartes, congregações de que tinha sido director. Costumava celebrar missa na sua casa da Rua Dr.º Samuel Maia. Foi sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 – 263 )

João Paulo da Graça Ramos - Padre

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Natural de Ílhavo, nasceu em 11 de Agosto de 1925, filho de João dos Santos Bizarro e Arminda Graça Teles. Foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo-Bispo D. João Evangelista de Lima Vidal em 21 de Fevereiro de 1948, tendo exercido o ministério pastoral em variados campos de acção: na Secretaria da Diocese (1948), administrador do Correio do Vouga (1949), prefeito e professor no Seminário de Aveiro (1949-1957), assistente diocesano da Acção Católica (1949-1965), professor de Educação Moral e Religiosa Católicas no Liceu de Aveiro (1957) e noutras escolas de Aveiro (1957-1980), assistente diocesano do Movimento dos Cursilhos de Cristandade (1964-1965), secretário de D. Júlio Tavares Rebimbas no Algarve (1965-1966), secretário diocesano da Obra das Vocações Sacerdotais (1966-1973), colaborador e coadjutor do pároco da Glória (1973-1981), capelão da Misericórdia de Aveiro (1973-2011), e também capelão do Santuário Tabor-Mater Ecclesiae, de Schoenstatt (1993-2011). Faleceu a 28 de Agosto de 2011 com 86 anos e está sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 150 )

João Vieira Resende - Padre

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Nasceu em Vale de Ílhavo a 7 de Março de 1881, baptizado pelo Reverendo Domingos Ferreira Jorge, filho de João Vieira Rezende e de Ana Vieira dos Santos. Ordenou-se no Seminário de Coimbra em 22-12-1906, celebrando a sua primeira missa na capela do convento das Ursulinas em 29-12-1906. Foi prior em Vila Verde, Vagos e paroquiou na Gafanha da Encarnação durante vinte anos. Escrevia duma forma fluente e era muito culto Publicou a Monografia da Gafanha, as Alminhas, Ponte de Almear, Vultos Notáveis de Ílhavo, entre outros, colaborando para vários jornais da época. Faleceu em 13-10-1959 com 78 anos, estando sepultado no cemitério de Vale de Ílhavo.

Joaquim André Senos - Padre

Faleceu em 10 de Outubro de 1853, em Cimo de Vila, com 78 anos, tendo ofícios na Capela de Nossa Senhora do Pranto, como previa o seu testamento.

Joaquim Mendes Vaz Redondo - Padre

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Nasceu em Guimarães em 8 de Novembro de 1920 e frequentou o Seminário Franciscano de Santa Teresinha, em Felgueiras. Em 1941, tendo acompanhado os pais, passou a residir em Ílhavo; então, como aluno da Diocese de Aveiro, cursou os estudos de Teologia no Seminário de Cristo-Rei, nos Olivais. Recebeu a ordenação de presbítero em 29 de Junho de 1945, na igreja matriz de Pardilhó, sendo celebrante o arcebispo-bispo de Aveiro, D. João Evangelista de Lima Vidal. Foi professor no Seminário de Santa Joana Princesa, capelão nos lugares de S. Brás da Quinta do Gato, de S. Sebastião de Aradas e de Nossa Senhora da Conceição da Quinta do Picado, secretário da Chancelaria Diocesana e Chanceler da Cúria Diocesana de Aveiro. Coadjuvou na sua paróquia de S. Salvador, tanto na celebração da Eucaristia, como na preparação musical e no acompanhamento a órgão dos coros litúrgicos. Filho de José Redondo (maestro na Música Nova, Banda de Canelas, Banda de Castanheira do Vouga e Banda da Branca) e de Maria Amélia Vaz, faleceu em 12-06-2009 com 88 anos. Encontra-se sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 293 )

José António Morgado - Padre

Mais conhecido por Padre Calvo, filho de José António Morgado e de Joana da Rocha Bem (lavradores). Esteve como coadjutor em Ílhavo durante 17 anos. Foi o responsável pela construção, num terreno seu, perto da capela de Nossa Senhora do Pranto, dum edifício onde se vieram instalar as religiosas da Ordem Terceira Franciscana de Calais, mais conhecido pelo convento de Cimo de Vila. Aqui se ministrava o ensino de instrução e educação religiosas, bem como o ensino musical, nomeadamente, harmónio e piano. A partir da implantação da República, as religiosas do convento foram expulsas e o edifício, mais tarde,  depois de reparações, passou a ser ocupado pela Câmara e demais organismos, tais como escola e registo civil. A última Superiora do convento foi mére Renard, de nacionalidade francesa. O padre Morgado faleceu em 8 de Dezembro de 1908, com 82 anos de idade. Está sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 71 )

D. José António Pereira de Bilhano - Arcebispo

(foto cedida pelo Hugo Calão)

O Arcebispo de Évora, nasceu em Ílhavo no dia 22 de Março de 1801 e aqui faleceu (na sua casa da Rua Direita às 7.30 H da manhã), a 18 de Setembro de 1890, com 89 anos de idade. Foram seus pais João António Bilhano e Rosa Maria de Jesus, casal de pescadores de reconhecida pobreza. De pequeno manifestou inclinação para a vida eclesiástica, mas a falta de recursos da família e a morte prematura do pai, dificultaram-lhe essa intenção. Foi então que o ilustre ilhavense Dr. Manuel da Rocha Couto, deputado pelo círculo de Aveiro, o apresentou ao então Bispo de Aveiro, D. Manuel Pacheco de Resende, ficando sobre a sua protecção. Foi deputado pelo círculo de Aveiro, antes de ser elevado ao Episcopado, em 31-01-1853. Foi pároco na Oliveirinha e em Ílhavo e, por duas vezes, vigário geral da Diocese de Aveiro. Em Março de 1837 falecia o bispo de Aveiro e o Arcebispo Pereira Bilhano sofreu com esse acontecimento profunda depressão moral, tendo pedido exoneração de todos os cargos que desempenhava, tendo-se retirado para a sua modesta casa de Ílhavo, dedicando-se com a colaboração do padre Fernando Eduardo Pereira, ao ensino de Francês, Latim e Latinidade, História, Geografia, Lógica e Retórica, trabalho que exercia de forma gratuita. Como nessa altura havia poucos estabelecimentos de ensino secundário, Ílhavo tornou-se um grande centro de instrução e de cultura, graças à acção do Arcebispo. Em 1919 foi dado o seu nome à rua onde nasceu e inaugurada uma lápide naquela que foi a sua casa. Foi também nesta data publicado um número único especial "Glórias de Ílhavo", exaltando a sua figura. O seu funeral realizou-se apenas três dias depois do falecimento, tendo assistido o Bispo Conde de Coimbra. Uma força do Regimento de Cavalaria de Aveiro, prestou as honras, dando no cemitério as descargas de fogo usuais para estes casos.

Encontra-se sepultado no cemitério de Ílhavo, no jazigo da família Rocha Fradinho, à esquerda da Capela do Cemitério ( In jornal O Nauta de 04-10-1906 e jornal O Brado de 08-11-1911)

José Cândido Gomes de Oliveira Vidal - Cónego

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Irmão de João Carlos Gomes e de Dionísio Cândido Gomes, nasceu em Ílhavo a 11-03-1829 e baptizado pelo Coadjutor José Nunes do Couto. Foi aluno de José António Pereira Bilhano, mais tarde Arcebispo de Évora e cursou no seminário de Aveiro, rezando a 1ª missa em 06-10-1851. Passou pela paróquia de Oliveira do Bairro e leccionou na Escola de Vale Ílhavo e depois em Ílhavo. Foi secretário de Pereira Bilhano em Évora e em 1877 nomeado pároco da Glória em Aveiro. Em 1879 leccionou uma das cadeiras do curso das ciências eclesiásticas até 1884, tendo sido nomeado arcipreste e mais tarde as honras de cónego. Em 1885 foi nomeado director do Liceu Nacional de Aveiro, cargo que desempenhou até à sua morte. Era filho de Manuel José Gomes e de Victória Umbelina de Oliveira Vidal. Fazia parte da corte do Arcebispo. Nasceu, viveu algum tempo e faleceu em Ílhavo, na casa de família da Rua de Camões, encostada à antiga sapataria de Américo Ribeiro.

Faleceu em 22-03-1892 e está sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 152 )

José Cardoso Figueira - Padre

Filho de Luís Cardoso Figueira e de Joana de Oliveira, nasceu em 21-08-1864, baptizado pelo ainda Presbítero José António Pereira Bilhano e celebrou a primeira missa em 24-04-1887. Ilhavense da Rua Direita, foi ainda contemporâneo do Arcebispo Pereira Bilhano, seu padrinho, ainda na altura, como padre. Foi para Bragança secretariar o Bispo D. José Alves de Mariz, sendo também abade de Espinhozela e Samil. Chegou a assumir a presidência da Comissão Municipal Administrativa de Bragança, entre Agosto e Novembro de 1918. De uma cultura invulgar, publicou um manuscrito com o nome de “O Programa do Baixo Clero”, mas sem a indicação do autor, provocando alguma polémica na altura. Mais tarde declarou ser ele o autor, pelo que foi responsabilizado em tribunal, mas foi absolvido (In Câmara Municipal de Bragança). Faleceu em 08-04-1949, estando sepultado no cemitério de Ílhavo, Jazigo 51 junto ao muro do Cemitério antigo.

José de Castro Paradela - Padre

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Nasceu em 19 de  Maio de 1881, celebrando a sua primeira missa em 21 de Dezembro de 1907, depois de frequentar o Seminário de Coimbra. Sempre bem disposto e com um sorriso nos lábios, foi capelão em Fonte Angeão, coadjutor em Ílhavo, passando também pelas paróquias de Oliveira do Mondego, Almaça e Travanca. Ultimamente foi capelão da quinta de Alqueidão, na capelinha de Nossa Senhora da Nazaré. Filho de Joaquim de Castro Paradela e de Maria de Jesus, faleceu em 02-05-1972 com 90 anos de idade. Encontra-se sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 109 )

José Francisco Corujo (mais conhecido por José Guerra) - Padre

Morava na Rua Arcebispo Pereira Bilhano, muito perto da antiga Casa Joana Cardoso Figueira. Nasceu em 17-02-1878, baptizado pelo Prior João André Dias, filho de Joaquim Francisco Corujo e de Maria Rosa de Jesus, passou pela Casa Pia de 1888 a 1892 e frequentou o Seminário de Coimbra de 1894 a 1903. Foi ordenado sacerdote em 12-07-1903, pelo Bispo Conde D. Manuel Correia de Bastos Pina e capelão em Salgueiro (Sosa), Corticeiro de Baixo e Febres. Foi nomeado coadjutor de Vagos no início de 1907 e em 1910 foi capelão na Gafanha do Carmo. Em 1918 paroquiou na Marmeleira e Cercosa até 1922 e em 5 de Outubro deste ano, passou para a Gafanha da Nazaré, onde se manteve por vários anos, deixando aqui, muita admiração e carinho. Reformou-se em 1948 por questões de saúde e regressou a Ílhavo, sendo Capelão do Hospital. Faleceu em 13-03-1963, com 85 anos. Foi sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 4 - 60 )

(com a colaboração do João Madalena)

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José Lebre Capote - Padre

Nasceu em 13 de junho de 1924, tendo frequentado a escola primária de Ílhavo, Liceu José de Estêvão em Aveiro, Seminário da Imaculada Conceição na Figueira da Foz, Seminário de Santa Joana em Aveiro, onde terminou os cursos secundários e universitários. Em 1944 entrou no Seminário de Cristo Rei em Olivais e terminou os seus estudos sacerdotais na Universidade Pontefical em Brigthon, Boston, Mass. USA. Foi ordenado na Holy Cross Cathedral em Boston pelo Arcebispo Richard Cushing em 4 de Maio de 1949. Celebrou a sua primeira missa em 8 de Maio de 1949, na igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem em Gloucester. Foi colocado pela primeira vez na Igreja de Santo António, em Lowell. No Outono de 1950, foi transferido para Cambridge, onde permaneceu ate Junho de 1955. Em 8 de Junho de 1955 chegou a Newark New Jersey e em 29 de Junho, no Sport Club Português, teve lugar uma reunião presidida pelo Arcebispo Thomas A. Boland, o qual apresentou à Comunidade Portuguesa, o Rev. Pe. José Lebre Capote e anunciou a criação da nova paroquia Em Dezembro de 1956 inicia uma campanha para obtenção de fundos para a construção da nova igreja de Nossa Senhora de Fátima. Em 3 de Novembro de 1957 o terreno para a igreja é inaugurado e em 14 de Dezembro de 1958 a nova igreja de Nossa Senhora de Fátima é dedicada. Em 1 de Maio de 1961 fundou o jornal "Novos Rumos", destinado a manter o contacto entre toda a população portuguesa e a defender os seus direitos. As suas colunas eram lidas por cerca de 4.000 famílias. Em 15 de Maio de 1961 foi indigitado para fazer parte do Committee of the Mayor's Consultive Clergy Council, que estudava os grupos raciais. Em 15 de Maio de 1963 iniciou a Campanha para a criação do Consulado de Portugal em Newark que viria a ser criado pelo governo Português, em 30 de Dezembro de 1964. Em Outubro de 1968, avançou com um projecto para construção de um Jardim Escola, que, através de uma bem conseguida angariação de fundos, foi inaugurada no dia 12 de Maio de 1973 com a presença do Sr. Arcebispo de Newark. Deixou a paróquia por motivos de saúde em 1977, tendo regressado a Portugal, onde faleceu na sua residência no Algarve em 25-03-1985 com 60 anos de idade e transladado para o Cemitério de Ílhavo ( T 3 - 3 )

José Maria Ançã - Cónego



Filho de José Ançã Junior e de Rosa Correia Ançã, nasceu em Ílhavo (na Fontoura) a 22-03-1865 e baptizado pelo Presbítero Coadjutor José Resende. Ordenado em 1888,foi cónego da Sé de Beja e pároco da Igreja de S. João Baptista daquela cidade, onde foi colocado em Novembro de 1905. Era Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição e no Seminário de Beja foi professor e examinador pro-sinodal, tendo leccionado várias cadeiras, sem remuneração alguma, a pedido do Bispo D. António Xavier. Foi também prefeito e vice-reitor do respectivo Seminário, bem como professor do liceu e da Escola de Ensino Normal de Beja. Escreveu em vários jornais de Ílhavo, Aveiro e na Folha de Beja. Foi sempre muito acarinhado pelos jornais O Ilhavense, Beira Mar e Nauta, onde constam vários poemas seus. Poeta ilustre e vernáculo escritor, escreveu O Bardo Católico, Expanções d'Alma (em 1891 com prefácio de Cândido de Figueiredo), Sonetos e Líricas e  Poema da Juventude (1895). Tal como seu irmão, Padre Manuel Ançã, passou alguns dissabores, quando nos anos que antecederam a proclamação da República, deflagrou a contenda com o então Bispo de Beja, D.Sebastião de Vasconcelos. Acabou por se recolher e isolar em Ílhavo, na sua casa da Rua João de Deus, vindo aqui a faleceu em 19-07-1926, com 61 anos, estando sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 69 )

José Maria Regalla - Padre

Nasceu a 27-03-1842 em Aveiro, na Rua das Barcas (Glória), filho do Dr.º Luís dos Santos Regalla e de Inocência Leopoldina Ferreira de Lemos. Duma família muito distinta e considerada em Ílhavo, celebrou a sua primeira missa em 16 de Abril de 1865, foi coadjutor durante muitos anos do ainda pároco José António Pereira de Bilhano e mais tarde capelão das religiosas franciscanas do convento de Nossa Senhora do Pranto, em Cimo de Vila. Fazia parte da corte do Arcebispo (ver em Padre Dr.º Francisco Félix). Com a expulsão das freiras de Calais e a perseguição política do clero de 1910, abandonou a vida eclesiástica.

Faleceu em Ílhavo a 05-11-1921, com 79 anos, estando sepultado neste cemitério ( Jazigo 40 junto ao muro do Cemitério antigo )

José Nunes do Couto - Padre

Faleceu em 15-01-1855 com 71 anos, em Cimo de Vila

José Nunes Pinguelo - Padre

Era natural do lugar, vila e Couto da Ermida, onde vivia e exercendo como sacerdote, mas também como político e lavrador. Fundou em 1868 a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, que ainda hoje existe e promoveu a respectiva festa religiosa. Como lavrador tomava parte nos trabalhos da terra, juntamente com os restantes assalariados e usando, para isso, os tradicionais tamancos, fazendo as camas dos animais. Faleceu em 1868

José Resende - Padre
Natural de Vale de Ílhavo de Cima, foi coadjutor em Ílhavo no tempo de Pereira Bilhano. Vivia numa casa própria nas Cancelas e era conhecido pela alcunha do Padre Curinha. Sendo um bom cantochanista (“Cantochão”antigo canto oficial da Igreja católica, sem grandes variações), presidia no côro dos ofícios da Semana Santa e ofícios fúnebres em Ílhavo e noutras localidades. Filho de João José Resende e Maria do Rosário, lavradores, faleceu subitamente em 02-04-1891 com 80 anos, quando regressava da Feira de Março de Aveiro

José Simões Chuvas - Padre

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Ilhavense, foi coadjutor do Prior Pereira Bilhano em Ílhavo e pároco encomendado nesta freguesia. Fazia parte da corte do Arcebispo.

José Soares Lourenço - Padre

Nasceu em 14 de Julho de 1923, em Valongo do Vouga e foi ordenado sacerdote, com 24 anos, em Vagos, no dia 13 de Julho de 1947, pelo bispo D. João Evangelista de Lima Vidal. Foi capelão na Gafanha do Carmo tendo passado pelas paróquias de Ílhavo e Murtosa, com história também na Gafanha da Encarnação e Costa Nova. Nos últimos anos colaborou com a paróquia de Ílhavo. Faleceu em 27 de Agosto de 2016, com 93 anos de idade e está sepultado no cemitério da Gafanha do Carmo

D. Júlio Tavares Rebimbas - Arcebispo

Arcebispo Bispo Emérito do Porto, nasceu a 21 de Janeiro de 1922, em S. Mateus do Bunheiro e faleceu em 6 de Dezembro de 2010, filho de Sebastião Tavares e Maria Antónia Tavares Rebimbas, ele pequeno agricultor, ela costureira. A 29 de Junho de 1945 foi ordenado padre, tendo recebido a ordenação episcopal a 26 de Dezembro de 1965, depois da nomeação para bispo do Algarve, a 27 de Setembro do mesmo ano. Foi nomeado arcebispo de Mitilene e auxiliar de Lisboa em 11 de Julho de 1972, e a 3 de Novembro de 1977 recebeu a responsabilidade de se tornar o primeiro bispo de Viana do Castelo. No dia 18 de Fevereiro de 1982 foi nomeado arcebispo-bispo do Porto, tendo resignado a 13 de Junho de 1997, aos 75 anos.

Foi ordenado presbítero pelo Arcebispo-Bispo de Aveiro, D, João Evangelista de Lima Vidal, em 29 de Junho de 1945, em Pardilhó. Celebrou Missa Nova, na sua terra natal, em 8 de Julho de 1945, sendo, no mesmo ano, nomeado Coadjutor do Pároco de Ílhavo. Em 1946 foi nomeado Pároco de Avelãs de Cima e Avelãs de Caminho, em Anadia. Em 21 de Outubro de 1949, Pároco de Ílhavo. Em 1951, Arcipreste de Ílhavo. Em 1952, Professor de Religião e Moral. Em 1958, Vigário Judicial da Diocese de Aveiro. Em 1959, Vigário Geral da mesma Diocese. No mesmo ano, nomeado Monsenhor, por S.S. o Papa João XXIII. Em 1961, nomeado Director do Colégio Liceal João de Barros, em Ílhavo. Em 21 de Janeiro de 1962, eleito Vigário Capitular da Diocese de Aveiro, por falecimento de D. Domingos da Apresentação Fernandes. Em 8 de Dezembro do mesmo ano, Governador do Bispado de Aveiro, na ausência de D. Manuel de Almeida Trindade. Em 1963, nomeado Consultor Diocesano e de novo Vigário geral. Foi presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, e Membro de várias Comissões e Conselhos. Fundou, em 1954, o boletim "Família Paroquial", o Centro de Formação e Assistência de Ílhavo, o Património dos Pobres de Ílhavo, o "Lar de S. José" destinado a pessoas idosas e 18 casas para famílias pobres. Em 26 de Dezembro de 1965, dia de Santo Estêvão, foi ordenado Bispo, no Estádio Municipal de Ílhavo.

Manuel Ançã - Padre

Nasceu em Cimo de Vila a 22-08-1872, baptizado pelo Reverendo João André Dias, sendo irmão do cónego José Maria Ançã. Ordenou-se no Seminário de Beja, de que o seu irmão era vice-reitor e aqui foi professor, até surgir a tão falada, a nível nacional, questão com o Bispo de Beja, D. Sebastião Leite de Vasconcelos. Este conflito levou à demissão do então Ministro dos Assuntos Eclesiásticos e da Justiça, Francisco José de Medeiros. Foi um poeta e orador sagrado distinto. A questão atrás referenciada, fê-lo abandonar a vida eclesiástica, vindo mais tarde a consorciar-se com D. Maria Benedita Correia Ançã. Publicou o livro de versos "Valorosa Bélgica" e "O Condestável". Faleceu em Beja a 19-02-1936, tendo ficado lá sepultado.

Manuel António Lebre - Padre

Nasceu em 1820 e esteve na paróquia em 1851, no tempo de Rev. José Pereira Bilhano, seguindo para Canelas onde faleceu em 1882 e está sepultado.

Manuel Branco de Lemos - Prior

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Nasceu em S.Martinho do Bispo em 21-03-1853, formando-se em Teologia na Universidade de Coimbra, rezou a primeira missa em 24 de Setembro de 1876. Mostrando uma grande vocação para o ensino, foi para Lisboa como perceptor dos filhos de Teodoro Ferreira Pinto Basto. Em 10 de Março de 1881 foi nomeado pároco da freguesia de S.Vicente Martins de Elvas, assumindo de seguida o cargo de Vigário Geral desta localidade. Em 27 de Outubro de 1882 foi nomeado director do Seminário de Elvas, leccionando Matemática e Teologia Moral. Em 6 de Março de 1884 assume a paróquia de Ílhavo, que governou durante 40 anos. Em 1900 lecionou Teologia Moral no Seminário de Coimbra durante três anos, sendo nomeado Cónego Honorário da Sé desta cidade. Nomeou o seu sobrinho e afilhado Padre Manuel de Campos, como seu universal herdeiro, estabelecendo donativos aos pobres. Filho de Adriano de Lemos e de Joaquina Raínha, faleceu em 22-01-1924 com 71 anos, estando sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 295 )

Manuel da Rocha Ramos - Frei

Foi membro da Ordem de S. Francisco de Assis. Viveu em comunidade no antigo convento Franciscano de Santo António de Aveiro. Passou os últimos dias da sua vida em Ílhavo, onde faleceu em 1870. Teve um irmão, Padre Luiz Gonçalves da Rocha, nascido em 1830, pároco em Gatões e falecido em 1910 e também um sobrinho, Padre José Maria de Anunciação Rocha. Todos foram sepultados no cemitério de Ílhavo.

Manuel de Campos - Padre

Mais conhecido pelo Padre Manuelzinho, nasceu em S. Martinho do Bispo a 28 de Agosto de 1877, filho de Bernardo Campos Calhau e de Luísa Raínha. Viveu desde pequeno em Ílhavo, na companhia do seu padrinho Padre Dr.º Manuel Branco de Lemos, pároco da freguesia. Celebrou a sua primeira missa em Ílhavo e foi coadjutor enquanto viveu o seu padrinho. Por volta dos 40 anos de idade começou com problemas na vista, ficando invisual, apesar de ter sido sujeito a uma intervenção cirúrgica. Viveu na companhia da família Cacia e continuou a celebrar a sua missa que sabia de cor, celebrando-a mesmo em português, correctamente. Foi um grande pregador e cultivou grandes amizades na paróquia. Faleceu em 02-01-1974 com 96 anos. Encontra-se sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 8 - 295 )

Manuel Fernandes de Barros - Padre

Filho de Luís Fernandes Barros e Maria de Jesus, nasceu em Ílhavo, em 08-12-1856 e faleceu em 21-01-1941 com 85 anos, no Seminário dos Olivais. Em Ílhavo era mais conhecido pelo Padre Nocho. Paroquiou em Azeitão, Chão de Maçãs e Sacavém. Foi um excelente pintor e chegou a trabalhar na fábrica da Vista Alegre. Os seus quadros eram de arte religiosa, destacando-se um de S.Francisco de Paula, que estará no Museu de Ílhavo. Era um sacerdote muito querido pelo povo, ajudando os pobres. Viveu uma vida de pobreza voluntária, apesar de possuir alguns recursos. Foi sepultado no cemitério de Sacavém.

Manuel Fortunato dos Santos Carrancho - Padre

Natural de Ílhavo, paroquiou na Freguesia de Nariz entre 1865 e 1867 e na Palhaça, onde faleceu e está sepultado.

Manuel Francisco Grilo - Padre

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Conhecido apenas por Padre Grilo, nasceu na Rua João de Deus a 14 de Maio de 1888, filho de um pescador e logo de pequeno sentiu grandes dificuldades. Frequentou o Seminário de Coimbra e, depois de ordenado sacerdote, foi nomeado coadjutor da Oliveirinha. Com 24 anos fixa residência com seus pais em Matosinhos, onde fundou a Sopa dos Pobres, distribuindo refeições aos mais necessitados. Tornou-se famosa a a sua saca de pano verde, onde guardava as esmolas que ia pedindo para todos os seus pobres. Conseguiu que o seu grande sonho se tornasse realidade, a construção de uma casa própria para os seus meninos - OBRA DO PADRE GRILO.
 Faleceu a 1 de Novembro de 1968, estando sepultado em Matosinhos.

Manuel José Resende - Padre

Era natural e morador em Vale de Ílhavo. Faleceu em 22 de Setembro de 1852 com 78 anos.

Manuel Maria Vieira Resende - Padre

Nasceu em 26 de Janeiro de 1869, filho de João José Vieira de Resende e de Joana da Cruz Abreu. Terminou o Curso Teológico no Seminário de Coimbra em 1894 e rezou a sua primeira missa também neste ano. Iniciou a sua vida sacerdotal, onde permaneceu durante alguns anos, no Bom Sucesso, concelho da Figueira da Foz. Após a implantação da República, retirou-se para Vale de Ílhavo, aqui ficando até 1914, altura em que emigrou para a Califórnia (S. Francisco e Sacramento), passando a assumir os trabalhos pastorais numa igreja de Oakland, onde viviam muitos portugueses. Regressou mais tarde a Portugal, sendo capelão num Instituto Religioso perto de S. Martinho do Bispo. Faleceu em 3 de Abril de 1941, estando sepultado no cemitério da Conchada, Coimbra

Manuel Simões Teles - Padre

Morava em Cimo de Vila e faleceu em 7 de Março de 1855, com 82 anos, tendo ofícios na Capela de Nossa Senhora do Pranto. Está sepultado no cemitério de Ílhavo.

D. Manuel Trindade Salgueiro - Arcebispo


Nasceu em Ílhavo, na Fontoura, a 28 de Setembro de 1898, filho de Américo da Trindade Salgueiro e Maria Pereira de Jesus, neto paterno de Sebastião da Trindade Salgueiro e Ana Amélia Serena e materno de Manuel de São Marcos e  Joana Pereira de Jesus, sendo padrinhos Tomé de São Marcos e Joana Rosa Pereira de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 19 de Fevereiro de 1921. Em 23 de Novembro de 1940 foi nomeado, pelo papa Pio XII, Bispo-Auxiliar do patriarcado de Lisboa, com o título de Helenopolis in Palestina. Recebeu a ordenação sacerdotal em 24 de Fevereiro de 1941. Em 14 de Março de 1949 foi-lhe dado o título pessoal de Arcebispo de Mitilene. Após alguns anos de serviço em Lisboa, foi indigitado, em 20 de Maio de 1955, para a sede arquiepiscopal de Évora. Foi Arcebispo de Évora durante uma década, tendo falecido no cargo aos 67 anos. Em 1969 é inaugurada a sua estátua pelo Presidente da República de então, Almirante Américo Tomás. Trindade Salgueiro e o Dr.º Fernando Ilharco fundaram em 1968, o Centro de Recuperação de Menores em Assumar, concelho de Monforte (Portalegre). Encontra-se sepultado nos claustros da Sé de Évora.

Vitor José Mónica de Pinho - Padre

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Nasceu em Ílhavo a 1 de Novembro de 1944, tendo sido ordenado sacerdote em 24 de Dezembro de 1967, por D. Manuel de Almeida Trindade, na Catedral de Aveiro. Durante algum tempo foi Director do Jornal O Ilhavense.  Filho de Horácio de Pinho e de Berta de Jesus Monica, faleceu em 17 de Novembro de 1984 com 40 anos de idade, estando sepultado no cemitério de Ílhavo ( T 2 - 2 )


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