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João Marques Ramalheira
In "Canção do Mar"
Falar de Ílhavo, é falar do mar - do seu sussurro, da sua canção cujo eco se repercute pelos séculos além. Ílhavo e o mar andam tão unidos como o perfume às rosas e a inquietação à alma humana!
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Ílhavo Antigo Podcast

Gente de Cá (3)

Aníbal Madail da Veiga ( 1913 - 1998 )

Nasceu a 21-05-1913, em Verdemilho, filho de João Santos Veiga e Cesaltina Jesus Madail. Fez parte da instrução Primária em Verdemilho, vindo acabá-la em Ílhavo, sendo o seu professor, Remígio Sacramento. O seu primeiro trabalho foi a escrita e contabilidade da firma de seu pai, que ficava na esquina da Rua Vasco da Gama com a Rua Dr.º Frederico Cerveira, sendo um misto de mercearia, tabaco, cereais e padaria. Esta última actividade cessou, para dar lugar à conhecida Sopanilde, formada por vários padeiros. Casou com Valdemira Marta da Silva, em 03-03-1934. Senhor de palavra fácil e de elevada cultura, foi, durante vários anos, comerciante, prestamista e agente bancário. Apesar de não ser Ilhavense, eram muitas as histórias que ele contava, da nossa terra, chegando a publicar algumas, no Jornal O Ilhavense. Fez parte da Direcção dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo e foi um dos fundadores do CDS, no distrito de Aveiro. Tinha como paixão o cinema, tendo feito algumas curtas-metragens, passando mais tarde para o vídeo. Faleceu em 23-02-1998, com 84 anos de idade, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

Manuel Fernandes Parracho ( 1914 - 1973 )

Nasceu na Rua da Fontoura em 06-11-1914, filho de Paulo Fernandes Parracho e Vitorina de Jesus, neto paterno de José Fernandes Parracho e Maria Madalena e materno de José Maria Francisco da Madalena e Maria Rosa de Jesus Mariana. Do casamento com Maria Augusta das Neves Coelho em 15-03-1944, nasceram os filhos António Cândido, António Manuel, João Júlio, Luísa Parracho, Paulo Parracho e Silvina Maria. Sendo mais conhecido por Manuel Alto, foi durante muitos anos, um conhecido Mestre de obras da nossa terra. Faleceu em 01-03-1973, com 58 anos de idade, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

Paulo Ramalheira ( 1910 - 1994 )

Nasceu na Rua Direita em 13-10-1910, filho de João Pereira Ramalheira Júnior, marítimo e Vitorina da Graça Ramalheira, neto paterno de João Pereira Ramalheira Sénior e Rosália Maria de Jesus e materno de Paulo Francisco da Rocha e Maria Joaquina da Graça. Do primeiro casamento com Maria Soares Martins, nasceram as filhas Ana Paula e Ivone e do segundo casamento com Maria da Conceição Ribeiro de Almeida, nasceram as filhas Ana Maria e Maria Salomé. Conhecido médico Estomatologista, tinha o seu consultório e morada, na Rua Direita, numa moradia onde mais tarde se alojou a P.S.P., tendo sido mais tarde demolida, para dar lugar a um parque de estacionamento. Faleceu em 07-09-1994 com 83 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

Lídia Gonçalves Arroja ( 1912 - 2008 )

Nasceu no Largo do Oitão em 10-09-1912, filha de José Martins Arroja e Lídia Gonçalves Vareira, neta paterna de Luís Martins Arroja e Maria Emília Salgado e materna de José Gonçalves Leite e Ana Gonçalves Narcisa. Do casamento com José da Conceição Gomes (Celestino) em 29-12-1942, nasceram os filhos José Celestino Arroja Gomes e Maria do Rosário Arroja Gomes São Marcos Simões. Mais conhecida por D. Lidinha, foi uma Grande Senhora de tracto irrepreensível. Ficou com o negócio de fazendas de sua mãe, desde os 12 anos até aos 72 de idade, numa loja muito conhecida e bem frequentada, no início da Rua de Camões. Faleceu em 12-05-2008, com 95 anos de idade, estando sepultada no Cemitério de Ílhavo.

José da Conceição Gomes (Celestino) - (1911 - 1991 )

Nasceu na Rua João de Deus em 08-12-1911, filho de José Cândido Celestino Pereira Gomes e Maria da Apresentação São Pedro, neto paterno de João Carlos Gomes e Joana Celestino Pereira Gomes e materno de João Maria São Pedro e Maria do Rosário Pereira. Do casamento com Lídia Gonçalves Arroja em 29-12-1942, nasceram os filhos José Celestino Arroja Gomes e Maria do Rosário Arroja Gomes São Marcos Simões. Distinguiu-se no auxílio aos que mais precisavam, através da Obra da Criança, que ajudou a fundar. Faleceu em 21-05-1991 com 79 anos de idade, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

Manuel Nunes da Fonseca Júnior ( 1899 - 1987 )

Nasceu em Cimo de Vila em 05-12-1899, filho de Manuel Nunes da Fonseca e Maria Nunes da Fonseca, neto paterno de Manuel Nunes da Fonseca e Maria Nunes da Fonseca e materno de Luís Nunes Bastião e Maria Nunes da Fonseca. Teve três casamentos, o 1º com Rosa Nunes do Couto em Fevereiro de 1922, o 2º com Maria de Jesus Peixe em 13-09-1961 e o último com Rosa Nunes Capela em 06-06-1968. Lavrador de profissão, teve um jumento com o nome de Tomix, que o auxiliava nas tarefas agrícolas. Era um indefectível impulsionador da Festa da N.S. do Pranto, fazendo parte da respectiva Irmandade.

Amadeu Simões Picado ( 1895 - 1986 )

Nasceu em Ílhavo na Rua de Camões, em 2 de Julho de 1895, filho de João Simões Picado e Rosa Clemência, neto paterno de António Simões Picado e Maria de Oliveira e materno de Domingos Ferreira Gordinho e Maria Clemencia e, tomado o nome de Amadeu Simões Picado, mas já sem o apelido de "Bravo", que afinal sempre mostrou ser, ficou apto para todo o serviço militar, quando foi às sortes, já que era um rapagão e pescador saudável e a sua incorporação no Exército deu-se em plena Guerra. Naqueles tempos, foi pescador, nas chamadas "Artes de Pesca" de Sesimbra, mas talvez por não ser embarcadiço, isto é, não andar nos navios de pesca do "alto mar" ou mercantes, não foi cumprir o serviço militar na Marinha, mas sim no Exército. Não era um iletrado, pois tendo frequentado a escola primária até quinze dias antes dos exames da 4.ª classe, só não concluiu a escolaridade nessa data, face a um castigo injusto, que um professor, que não era o da sua turma, lhe aplicou. Com a sua rebeldia, ou ele não fosse herdeiro de antepassados com apelido "Bravo", que muitas vezes se sobrepunha ao próprio nome, saiu repentinamente da sala de aula, tendo de atravessar a sala do professor da sua turma que, como Director da Escola, tentava preparar melhor os alunos do tal professor para os exames finais e abandonou o edifício, apesar dos protestos do "seu" professor que veio atrás dele, mas não o conseguiu deter. Por este motivo, já não voltou mais à escola, nem a casa dos seus Pais, pois sabia que a severidade da sua Mãe, contrastando com a bondade do Pai, como contava, se faria sentir no seu corpo e o obrigaria a voltar à escola e humilhar perante todos, coisa que ele não admitia, passando a viver desde aí com uns tios e acabando por não fazer o exame da 4.ª classe. Com aquela idade já o seu voluntarismo e o seu forte sentimento de não se submeter nem pactuar com injustiças, traçaram o seu caminho. Em lugar de seguir as pisadas do seu irmão mais velho que, completando a instrução, se tinha tornado Oficial Náutico, ele que era dos melhores alunos da turma, iniciou-se como auxiliar nas "Companhas de Pesca" da Costa Nova, prosseguindo como pescador, para depois seguir com outros familiares para as tais "Artes" de Sesimbra, até ser incorporado na Arma de Engenharia, na especialidade, como ele dizia com muito orgulho, de "Pontoneiro", construtor de pontes militares, feitas naqueles tempos com barcaças amarradas de braço dado, sobre as quais se colocavam os estrados que serviam de passadiços. Durante a 1ª Guerra Mundial, embarcou para França como cabo e não sofreu propriamente as agruras da frente das batalhas, já que ficou como quarteleiro junto do Comando do "Corpo" de Engenharia, logo, sempre na linha da retaguarda, quase sempre aquartelados num daqueles Chateaux, sede duma enorme propriedade agrícola. Depois de regressar da França, casou-se com Maria de Jesus Bizarro, em 29-05-1919 e, após o nascimento da primeira filha, emigrou legalmente para os USA, onde mourejou muito, quase sempre como pescador, com excepção dos tempos da "Depressão", em que teve de apanhar todos os diversos tipos de trabalho em terra que conseguia. Faleceu em 8 de Dezembro de 1986, com 91 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

(Texto adaptado do Eng.º Jorge Simões Picado no Blog Luís Graça & Camaradas da Guiné)

António André Senos ( 1893 - 1961 )

Nasceu na Rua do Pedaço em 23-09-1893, filho de Rosalino André Senos e Maria de Jesus Rainho,  neto paterno de Domingos André Senos e Antónia Correia e materno de José António Paradela e Rosa Razoila. Do casamento com Laurinda de Jesus em 03-02-1916, nasceram os filhos Aníbal de Oliveira Senos, Sílvia de Oliveira Senos e Maria Natália de Oliveira Senos. Chegou a ter uma serralharia na Rua Nova, hoje Rua João Carlos Gomes. Foi Comandante dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, entre 02-12-1936 e 26-01-1944. Construiu nos anos 30 o conhecido carro motorizado de ataque a incêndios Leão das Chamas e carroçou um chassis Ford, para a corporação de Bombeiros de Tondela. Faleceu em 20 de Junho de 1961, com 67 anos de idade, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.

Joaquim Paulo Pereira (Joaquim Borrão) ( 1922 - 2004 )

O pintor Joaquim Paulo Pereira, mais conhecido por Joaquim Borrão, nasceu na Rua de Espinheiro em 17 de Fevereiro de 1922, filho de Joaquim Eduardo Pereira e Maria dos Anjos Faria Pereira. Do casamento com Ernestina Dulce Ferreira Pereira, nasceu o filho Paulo Joaquim Ferreira Pereira. O pai e avô (Fernando Eduardo Pereira) do Joaquim Borrão, chegaram a fazer pinturas e restauros na Capela de N.S. das Dores e na Capela da Vista Alegre. Era o grande animador dos Carnavais antigos, que, com o seu amigo Padinhas (pai), geralmente trajado de mulher, faziam furor, em verso, do que ia acontecendo de mais relevante, em Ílhavo. Foi também ele que, na altura, pintou os muros do Parque Infantil, junto ao Pavilhão Adriano Nordeste, bem como a parede do pequeno lago à entrada da Malhada, já desaparecido, onde hoje se encontra o Restaurante Concha do Mar. Muitas histórias se contam sobre este personagem e ainda há quem tenha alguns dos versos desses tempos. Aos 39 anos deixa a sua terra natal e vai trabalhar para o Canadá, como pintor, tendo feito restauros na Catedral de Windsor e noutras Igrejas. O padre Ilhavense Emídio Eduardo Pereira, seu tio e Prior em Sepins (Cantanhede), faz com que Joaquim Borrão, com 66 anos, se estabeleça nesta freguesia, depois de deixar o Canadá. Continuou a trabalhar, fazendo pinturas e restauros em várias Igrejas, destacando-se a de Escapães, perto de Sepins e participando ainda nalgumas cegadas carnavalescas. Faleceu em 29 de Agosto de 2004, com 82 anos, estando sepultado no Cemitério de Sepins.

(A foto, com o saudoso João Carvalho, foi registada pelo Carlos Manuel Duarte e representa a última vez em que Joaquim Borrão esteve em Ílhavo, num dos últimos Carnavais)

Domingos Pereira Ramalheira ( 1887 - 1965 )

Nasceu na Rua do Adro em 20-01-1887, filho de José Pereira Ramalheira e Maria Rosa de Jesus, neto paterno de Manuel Pereira Ramalheira e Maria de Jesus e materno de Domingos Simões Ré e Maria de Jesus. Era irmão de João Ramalheira, António Ramalheira, Gregório Ramalheira, Maria Ramalheira, Marcos Ramalheira, Cármina Ramalheira, José Ramalheira e Ambrósio Ramalheira. Do casamento com Maria Encarnação Santa, em 13-04-1910 na Igreja Matriz de Ílhavo, nasceram os filhos Berta, Humberto, Armando, Hélder, Maria Luiza e Marcos. Foi durante muitos anos distribuidor postal em Ílhavo. Passou pela Filarmónica Ilhavense (Música Velha) como músico e também fazendo parte da sua Direcção. Faleceu em 05-08-1965, com 78 anos, estando sepultado no Cemitério de Ílhavo.



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