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João Marques Ramalheira
In "Canção do Mar"
Falar de Ílhavo, é falar do mar - do seu sussurro, da sua canção cujo eco se repercute pelos séculos além. Ílhavo e o mar andam tão unidos como o perfume às rosas e a inquietação à alma humana!

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Montagem do Arco da Nª.Sª. do(...)

A Capela das Almas ou de Santo António

Situada onde hoje se encontra o Largo D. Manuel Trindade Salgueiro e de contexto hexagonal, foi mandada edificar no princípio do Séc. XVIII pelo Padre João Martins dos Santos. Na altura, rezava lá a missa o Padre Augusto, sendo sacristão o Ti Zé Rexina, servindo, também, de sede, à Confraria dos Franciscanos, responsável pela imponente Procissão das Cinzas, cujo sermão era feito da varanda do prédio de João Linguiça, na Praça da República. Era à sua volta que os nossos antepassados faziam o mercado!

Nesta capelinha, o Sr. Rocha, zelador municipal, tocava o SINO DA RONDA, dando o sinal, ao anoitecer, para que os estabelecimentos encerrassem e os menores recolhessem a suas casas (Ordenação para os municípios do país, implementada pelo Rei D. Manuel I). In Costumes e Gente de Ílhavo - Diniz Gomes

A Capela das Almas recolhia as imagens de São Gonçalo, Santo António, Santo Ivo, Santa Clara e duas de S. Francisco, que se incorporavam, com excepção das duas primeiras,  na tradicional Procissão das Cinzas.


S. Gonçalo (capela NS Pranto)


Sto. António (Igreja Matriz)


S. Francisco de Assis
Fotos do autor

O retábulo principal e Santo António encontram-se na Igreja Matriz; São Gonçalo, que depois de demolida a capela andou perdido até 1950 , foi restaurado e encontra-se na Capela de N. S. do Pranto; as esculturas de roca do S. Francisco das Chagas e de S. Francisco da Cruz estão no núcleo museológico da Igreja Matriz , bem como um catafalco e uma cruz funerária.

Nos finais de 1910 surge na imprensa Ilhavense uma acesa polémica sobre a Capela das Almas, defendendo uns a sua demolição, outros a sua manutenção. Estava-se no advento da República, alastrando por todo o país inúmeras perseguições religiosas.

A demolição da Capela das Almas foi resolvida em sessão camarária de 21 de Dezembro de 1910, sendo presidente Eduardo Craveiro e vogais José António Paradela, Júlio Marques de Carvalho, Domingos Gago, José Ramos e Carlos dos Santos Marnoto, com o fundamento de que ameaçava ruína e prejudicava a estéctica da vila. Assim, a 13 de Fevereiro de 1911 começam os trabalhos da sua demolição, adjudicada a Henrique A. de Abreu e Domingos Vieira pela quantia de 140$000 Reis, constatando-se que, afinal, a Capela não se encontrava em vias de ruir. Todo o seu soalho e portas foram vendidos por 2.400 Reis! No seu lugar, surgiram estes novos mercados:


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